domingo, 21 de maio de 2023

Cidades inteligentes: o que e quais são?




Uma pesquisa realizada pela consultoria McKinsey estima que, até 2025, as cidades inteligentes gerem 60% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial. O termo costuma ser utilizado para se referir a cidades que usam a tecnologia em favor dos moradores. Mas, o que é, de fato, uma cidade inteligente? O que esse conceito significa no Brasil? E quais são os principais exemplos de cidades inteligentes no mundo? O Habitability responde para você!

O que é cidade inteligente?

De fato, cidades inteligentes são aquelas que utilizam tecnologia para melhorar a eficiência político-econômica e para amparar o seu desenvolvimento. Mas esse conceito é tão amplo, que abarca desde uma cidade que implanta sensores de Internet das Coisas (IoT) conectados nas ruas para monitoramento do trânsito em tempo real, como também cidades que passam a privilegiar espaços verdes e meios de transporte públicos e alternativos à gasolina. 

Dessa forma, acaba fazendo mais sentido entender uma cidade inteligente como um espaço onde vivem governos e sociedades mais inteligentes, na qual a tecnologia é apenas um instrumento. Portanto, uma cidade inteligente é mais que um espaço urbano que utiliza tecnologia de ponta, mas um lugar que é pensado para as pessoas, com foco na inclusão social, na diminuição da desigualdade e pautada pela sustentabilidade. Uma cidade segura, resiliente e autorregenerativa, capaz de responder rapidamente a mudanças climáticas, evitando impactos sociais graves. 

Como afirmou a coordenadora geral do Ministério do Desenvolvimento Regional, Ana Paula Bruno, em entrevista ao WRI Brasil, “tem muita gente falando de cidades inteligentes sem entender do tema de cidades e isso começa a capturar a discussão sobre desenvolvimento urbano de um jeito torto: permanecem nossas velhas questões, de desigualdade, provisão de infraestruturas básicas e outras questões da nossa formação urbana. Não se pode deixar essa pauta de lado. Temos de construir uma visão que integre a dimensão da tecnologia às demais, e não as substitua pela tecnológica”. 

Cidades inteligentes no Brasil

Em 2020 o governo brasileiro assinou a Carta Brasileira de Cidades Inteligentes. O texto foi construído em parceria entre o Brasil e a Alemanha para apoio à Agenda Nacional de Desenvolvimento Urbano Sustentável no Brasil (ANDUS). Os iniciadores e coordenadores do processo foram o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), o Ministério das Comunicações (MC) e a agência alemã GIZ. De acordo com o documento, as cidades inteligentes são aquelas comprometidas com o desenvolvimento urbano e a transformação digital sustentáveis, em seus aspectos econômico, ambiental e sociocultural. 

A Carta colocou no horizonte uma série de metas para as cidades atingirem a qualidade de “inteligentes”. A transformação digital é uma delas, bem como, o acesso à internet de qualidade para a população e a melhora da educação e comunicação pública. Ou seja, uma cidade inteligente brasileira não se limita ao desenvolvimento econômico local e sustentável, mas também trabalha em favor da inovação na gestão pública. 

Na definição do Ministério do Desenvolvimento Regional, cidades inteligentes são aquelas “que atuam de forma planejada, inovadora, inclusiva e em rede, promovem o letramento digital, a governança e a gestão colaborativas e utilizam tecnologias para solucionar problemas concretos, criar oportunidades, oferecer serviços com eficiência, reduzir desigualdades, aumentar a resiliência e melhorar a qualidade de vida de todas as pessoas”. Além disso, elas devem garantir o uso seguro e responsável dos dados e das tecnologias de comunicação.

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